segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Grande vitória cambuquirense - Copasa x SAAE

Aos interessados

O juiz de Cambuquira deu a sentença sobre o processo do Dr. Marco Antônio Felix, que pedia a entrada da COPASA em nossa cidade.
Rejeitou a entrada da COPASA em Cambuquira e deu a municipalidade o direito de tratar sua água pelo SAAE, escolha anteriormente feita pela população e que preserva assim a soberania do povo e mais que isso: além de termos o saneamento instalado, teremos um custo de manutenção muito menor.
Aos que acompanham a privatização em vários setores mineiros, entendem que termos o risco de nossa água da Serra ser privatizada seria uma questão de tempo, já que a própria Assembléia do Estado declarou que a COPASA é privatização branca, o que, por declarações do ex-presidente da referida entidade, será o saneamento privatizado em todo país em breve.
Não preciso explicar o que isso quer dize, o fato de um país estar cedendo seus aquíferos para estrangeiros.
Quanto a Prefeitura Municipal, a mesma já dispoe da verba, através da FUNASA, e deverá instalar a primeira ETA e dar andamento em um máximo de um ano, podendo sofrer consequencias, multas, em se tratando de atraso no cronograma de obras.
Apesar da pouca conscientização, esta cidade vem dando exemplo para a região de cidadania e soberania sobre seus bens mais preciosos.
Ao Prefeito nossa admiração por aceitar o desafio de instalação do SAAE, em respeito a seu povo!
Ao Juiz de Direito, Dr. Márcio Bemfica, nossa admiração, pela lisura e imparcialidade!

Marilia Noronha

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Água na fonte versus água engarrafada

Lembram-se dos ensinamentos da Química quanto às Condições de Temperatura e Pressão – CTP – para estabelecer a “ambiência” de uma reação química e que toda reação química busca o equilíbrio, dentro da “ambiência” onde ela se processa?
Pois bem, foi com base nesses ensinamentos que chegamos à seguinte conclusão:
TODA ÁGUA NA FONTE É MINERAL – “ÁGUA VIVA”;
TODA ÁGUA ENVASADA PODE SER POTÁVEL, MAS NÃO É MINERAL – “ÁGUA MORTA”.
Raciocinemos juntos. O Código de Águas Minerais diz, em seu Artigo 1° - “Águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa.” (grifo nosso).
Fica claro, ao longo de vários Artigos e Parágrafos do Código de Águas Minerais, que a ação medicamentosa é condição essencial para que uma água seja classificada como água mineral. Lembremo-nos das águas oligominerais, que mesmo sem possuir elementos químicos dignos de nota, são classificadas como “águas minerais” por terem ação medicamentosa...
Partindo deste princípio, estabelecido por Lei, e considerando as CTP anteriormente citadas, entendemos o que vem a ser uma água mineral, em nosso ponto de vista.
É uma água quimicamente desequilibrada, tomando-se como base as condições de temperatura e pressão no interior do aqüífero e na superfície onde a água emerge.
Através dos tempos, a água atinge um “equilíbrio químico” bastante satisfatório, sob as condições de temperatura e pressão reinantes no interior do aqüífero. Quando ela atinge a superfície, a pressão e a temperatura mudam (sem falar nos raios solares) provocando uma rápida retomada das reações químicas em busca do equilíbrio para as condições reinantes no novo ambiente. A água então se torna reativa. Quimicamente falando: “viva”.
Portanto, quando a água emerge em uma nascente mina ou fonte, vinda do interior de um aqüífero, ela é “viva” e vai “morrendo” à medida que o tempo passa. De uma água desequilibrada quimicamente, reativa ou uma água “viva”, ela vai se transformando em uma água equilibrada quimicamente, não reativa, ou seja, uma água que está “morrendo”.
Não nos esqueçamos que, aproximadamente 20 horas após a surgência, a radioatividade de uma “água radioativa na fonte” é zero...
Desse modo, as águas “vivas” seriam “medicamentosas” ou minerais e as águas “mortas” apenas boas para a hidratação dos seres vivos, desde que não estejam poluídas.
Resumindo: quando ingerimos uma água “viva”, ela entra em nosso organismo reagindo quimicamente em busca do equilíbrio, cedendo ou capturando elementos químicos (inclusive os maléficos “radicais livres”?), em estrita obediência às Leis da Química.
Podemos então dizer que esta é uma água mineral ou uma água medicamentosa. Melhor ainda – uma água “viva”!
Portanto, em nossa opinião, na “surgência” toda água é água mineral, é água “viva”, é alimento, é vida!
Elas poderão ser diferenciadas entre si em função da composição e teor químico, assim como os alimentos.
Esta, certamente, não é a opinião dos “hidrocidas” que só pensam em engarrafá-las, visando somente lucros e mais lucros. Danem-se as verdadeiras águas minerais (somente na fonte).

Um grande e “vivo” abraço.


“Circuito das Águas, a maior e mais completa Província Hidromineral do Sistema Solar”



Gabriel T. F. Junqueira
Hidrogeólogo