quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nova conquista!


Cambuquira conquistou mais uma grande vitória. Finalmente, depois de tanto tempo de lutas e percalços teremos o SAAE!
Nós, cambuquirenses, somos contra a privatização, pois a água é um bem de interesse difuso! Se tal fato acontecesse, não teríamos como deter o controle da água da Serra!
Cambuquira não só dá lição de cidadania como de soberania sobre suas riquezas naturais!


"Terminadas as eleições, restam algumas lições. Apesar de termos presenciado uma campanha sórdida e rasteira baseada em mentiras, calúnias e difamações de ambos os lados que deixou a nação brasileira em suspense durante um mês, prevaleceram as lições de democracia. Brasileiros e brasileiras, apesar das agressividades manifestas durante a campanha deste segundo turno, realizaram tranquilamente a sua escolha. Sem tumultos.
Outra lição que deduzimos destas eleições é: Os pobres sabem votar, sim! Maria Rita Kehl, naquele famoso artigo 'Dois pesos...', que causou a sua demissão de O Estado de São Paulo, alertava às vésperas do primeiro turno quanto à desqualificação dos votos das classes D e E que seriam, segundo os opositores, frutos da "bolsa-esmola". São 40 milhões de pessoas assistidas pela famigerada bolsa. Nos úlltimos meses recebi vários e-mails ressaltando que o importante era "ensinar a pescar", sempre dei boas risadas com esse pensamento. 40 milhões pescando, vai faltar peixe. Em 8 anos de governo foram gerados 4 milhões de novos empregos, enquanto não fossem criados o total de vagas restantes o povo morreria de fome. Faço questão de ressaltar as palavras do blog de Taeco Carignato e de aguns psicanalistas, já muito conhecidas pelos internautas:
'Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.'
Foi por esta conquista cidadã que os mais pobres votaram pela continuidade das políticas do Governo que ora se encerra. Porém, se para a presidência, eles escolheram pelo bolso e não pela consciência política a pessoa de Dilma que representa seus interesses, por que não poderiam fazê-lo? Ora, a classe A não vota segundo seus próprios interesses? Quando as classes D e E escolhem candidatos segundo seus interesses, trata-se de compra de votos? Pior, as classes D e E são compradas por ninharias?
Terminadas as eleições, todavia, a desqualificação continua. Agora, salienta-se o perfil geográfico dos votos associado aos perfis econômicos regionais. Com uma ressalva: Minas Gerais e Rio de Janeiro foram deslocados ao Norte-Nordeste. A desqualificação dos votos dados à Dilma Rousseff, além do ranço preconceituoso, também busca suavizar a derrota do seu adversário a fim de mantê-lo no cenário político já que o candidato natural da oposição para as eleições de Presidente em 2014 seria o Aécio Neves. Por essas e outras que passo parte na minha vida no Rio de Janeiro e a outra em Minas Gerais."

Luiz Antonio (membro da ONG Nova Cambuquira)