sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Fonte do "Dico"





Nas fotos, segue uma pequena mostra da situação da Fonte do Laranjal, água alcalino-gasosa-bicarbonatada, ilustrando o descaso público com esse que é um dos maiores patrimônios da humanidade, e de severa importância para o desenvolvimento de nossa Estância. É a fonte mais afastada e a menos visitada, e também a menos conhecida – e talvez por isso a mais afetada pelo abandono. O seu acesso se dá pela estrada que leva ao distrito de Congonhal.
Juntamente com o desabamento do Marimbeiro, passam a ser duas as minas de água mineral levadas a quase totalidade da destruição pela falta de cuidados. Essa preciosa fonte, conhecida como "do Laranjal" ou "do Dico", está em ruínas e assoreada. Ironicamente, a fonte do Marimbeiro e a do Laranjal são as mais raras do município, com características únicas, diferentes das demais do Sul de Minas.
Segundo o livro “Estância Hidromineral e Climática”, do Dr. Thomé Brandão e Manoel Brandão, essa água revela valor no tratamento de doenças inflamatórias do tubo digestivo, especialmente nas colites crônicas e nas angio-colecistites. Pela sua enorme vazão gasosa, pode ser aproveitada em banhos carbogasosos. Esse é um gás fóssil proveniente do magma eruptivo profundo, que de reservas ainda existentes, vem escapando para a superfície do solo.
É uma tristeza ver esse grande patrimônio ser tratado assim a esmo – e sua riqueza ser vazada no meio de decisões estúpidas, ou simplesmente por falta de decisões.
OBS: A ONG Nova Cambuquira entrou em contato com o proprietário da concessão dada pelo DNPM para a Fonte do Laranjal, e ele, que é estudioso do assunto, prontamente se propôs a ajudar, juntamente a ONG e Prefeitura, na revitalização da Fonte, tendo participado de reunião com a entidade.

Águas subterrâneas passarão a ser classificadas para uso adequado

Agência Brasil

BRASÍLIA - O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determinou, segundo resolução publicada hoje no Diário Oficial da União, que as águas subterrâneas passarão a ser classificadas de acordo com as características hidrogeoquímicas naturais e com os níveis de poluição. A categorização vai indicar a forma adequada de uso para cada aqüífero.

Esse tipo de classificação já é adotado para as águas de superfície, e tem por objetivo prevenir e controlar a poluição, além de promover a proteção da qualidade das águas subterrâneas.

Segundo o site do Ministério do Meio Ambiente, a descontaminação de lençóis subterrâneos é um processo complicado, lento e oneroso, e, para garantir a qualidade da água dentro de sua classificação, os órgãos ambientais devem promover a implementação de Áreas de Proteção de Aqüíferos e Perímetros de Proteção de Poços de Abastecimento.

A medida prevê também a criação de Áreas de Restrição e Controle do Uso da Água Subterrânea. Elas serão implementadas em caráter excepcional e temporário quando a captação da água representar risco para a saúde humana, para ecossistemas ou para os próprios aqüíferos.